quinta-feira, 28 mar 2024

Governo financia programa que avalia eficiência de defensivos agrícolas da soja e milho

Governo financia programa que avalia eficiência de defensivos agrícolas da soja e milho

16 janeiro – 2019 | 13:13

Termo de Outorga firmado nesta quarta-feira (16.01) pelo governador Reinaldo Azambuja durante a abertura da Showtec 2019, em Maracaju, garante o repasse de R$ 1,6 milhão para o desenvolvimento do Programa Validação das Tecnologias para as Culturas de Soja e Milho no Estado de Mato Grosso do Sul. O programa será desenvolvido pela Fundação MS com recursos do Fundems (Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul).

O objetivo é gerar informações sobre a eficiência dos defensivos agrícolas (herbicidas, inseticidas e fungicidas) no controle dos principais problemas fitossanitários das culturas da soja e do milho. Dessa forma será possível definir estratégias de adubação com calcário, fósforo e enxofre, bem como posicionar as melhores cultivares de soja e híbridos de milho em cada região produtora do Estado.

“Será possível, com o conhecimento obtido através desse programa, incrementos significativos nas lavouras de Mato Grosso do Sul como um todo, melhorando o rendimento que já tem crescido de forma considerável nos últimos anos. Um exemplo é a produtividade da soja, que saltou de 46 para quase 60 sacas por hectare em apenas cinco safras”, observa o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, que preside o Conselho Gestor do Fundems.

A Fundação MS para Pesquisa e Difusão de Tecnologias Agropecuárias é uma empresa privada com 26 anos de experiência no estudo e desenvolvimento de tecnologias voltadas às lavouras de milho e soja. Os resultados gerados são diretamente repassados aos produtores e técnicos que atuam na assistência técnica, por meio das atividades da Rede de Validação de Tecnologias para as Culturas de Soja e Milho em Mato Grosso do Sul.

O termo de outorga foi assinado pelo governador Reinaldo Azambuja durante a Showtec

O programa – conforme explicou o biólogo Alex Marcel Melotto, que coordena os estudos – será desenvolvido em 15 áreas experimentais espalhadas por todo o Estado, totalizando mais de 500 hectares. Estas áreas serão montadas de forma a possibilitar a transferência e difusão de tecnologias, sendo programados dias de campo, visitas técnicas e treinamentos no período de safra e safrinha. Além disso, serão realizados seminários de apresentação de resultados em todos os municípios em que a Fundação MS desenvolve pesquisas.

Plantas daninhas como o capim-amargoso, buva, receberão diferentes defensivos para testar sua eficiência, bem como o complexo de lagartas na soja (Anticarsia gemmatalis, Chrysodeixis includens, Heliothis virescens, Helicoverpa zea e Helicoverpa armigera); além do controle do percevejo marrom da soja Euschistus heros; mosca-branca Bemisia tabaci biótipo B na cultura da soja; e das principais doenças da soja (ferrugem asiática da soja, antracnose e mancha-alvo).

O programa também vai avaliar a influência de doses de calcário na produtividade do milho e da soja em três manejos do solo (SPD, Subsolador, Aiveca e Grade Pesada) para preparo de perfil de solo até 40 cm de profundidade em solos com diferentes texturas; a influência na produtividade da soja e do milho safrinha com doses crescentes de fósforo na cultura da soja e com milho safrinha em sucessão, sendo a gramínea com aplicação de ureia e formulado no sulco de semeadura; avaliar a influência da correção total e correção gradativa na produtividade da soja como estratégia para instalação do sistema integração lavoura/pecuária em solos de diferentes texturas.

Integram a lista de estudos, ainda, a avaliação do efeito de diferentes defensivos agrícolas utilizados na cultura do milho para o controle de diferentes alvos biológicos, tais como sorgo-vassourinha em pré e pós-emergentes da planta daninha; do percevejo barriga verde (Dichelops melacanthus); do complexo de doenças em milho com aplicações em diferentes momentos de desenvolvimento das plantas de soja; e da lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda; do efeito residual de diferentes herbicidas inibidores da ACCase aplicados em diferentes períodos antes da semeadura do milho, e seu consequente impacto no estabelecimento e rendimento de grãos de milho, entre outros.

Após todos esses estudos, são metas do programa: estabelecer a eficiência de, pelo menos, cinco fungicidas para controle das principais doenças da soja (ferrugem asiática da soja, antracnose e mancha-alvo); elencar pelo menos cinco cultivares de soja para as diferentes regiões de cultivo em Mato Grosso do Sul, bem como as épocas de semeadura mais adequadas para seu desenvolvimento; alcançar a marca de definições de manejo de solo em diferentes ambientes de produção de soja, elucidando as melhores formas de correção do perfil dos solos de Mato Grosso do Sul e da aplicação de fósforo nas áreas determinadas; posicionar pelo menos cinco híbridos de milho em cada região de cultivo do Estado, possibilitando ao agricultor escolher a ferramenta adequada para a sua condição de cultivo; estabelecer três herbicidas adequados para o controle de sorgo-vassourinha em pré e pós-emergentes da planta daninha, três inseticidas para o controle do percevejo barriga verde (Dichelops melacanthus), cinco fungicidas para o controle do complexo de doenças em milho, bem como o melhor momento de aplicação de cada um deles e, pelo menos cinco inseticidas com alta eficácia de controle da lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda.

João Prestes, Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)

Foto: Chico Ribeiro

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