Agronegócio

Produzir milho na 2ª safra custa R$ 4,4 mil por hectare em Mato Grosso do Sul, aponta Aprosoja/MS

Redação
08 maio – 2025 | 21:21
Foto: Wesley Santos (Técnico Aprosoja/MS)

Fertilizantes e sementes representam quase 70% do custo total; sistema em rotação com soja é mais rentável ao produtor

Levantamento divulgado pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) revela que o custo médio para produzir um hectare de milho na segunda safra 2024/2025 no estado é de R$ 4.474,70, em sistema de cultivo solteiro. O estudo considera despesas diretas e indiretas, como insumos, juros, armazenagem, assistência técnica e depreciação de maquinário.

Com base em uma produtividade média estimada de 81 sacas por hectare, e preço de mercado em torno de R$ 50,00 por saca, o produtor precisa colher pelo menos 89,49 sacas por hectare para cobrir os custos totais. Na prática, o resultado aponta para margens apertadas e rentabilidade comprometida.

Segundo o economista da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, os fertilizantes representam o maior peso no custo, com 41,8% do total (equivalente a 24,2 sacas/ha), seguidos pelas sementes com 27,3% (15,8 sacas/ha), e pelos inseticidas, que correspondem a 9,8% (5,7 sacas/ha).

Sistema de rotação com soja é mais vantajoso

O estudo também aponta que o cultivo em rotação com soja reduz o custo de produção para R$ 3.278,83 por hectare, ou 65,58 sacas, o que torna esse modelo mais atrativo financeiramente. Nesse sistema, o milho é utilizado para amortizar os custos da safra anterior, beneficiando-se dos investimentos já realizados na área.

“A cada safra vemos margens de lucro cada vez mais apertadas e isso exige do produtor rural uma capacidade de planejamento, gestão e tomada de decisões muito eficientes”, ressalta Mateus Fernandes.
“Com nosso estudo, comprovamos o que muitos agricultores já sabem: produzir milho em rotação com a soja é mais lucrativo. Nesse modelo, o lucro médio é de 15,42 sacas por hectare”, conclui.

A Aprosoja/MS alerta que os valores apresentados são uma média estadual, podendo variar conforme as características de cada propriedade, região ou tipo de manejo.

Fonte: Aprosoja/MS

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