A Polícia Federal (PF) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para posicionar uma equipe de agentes de forma contínua dentro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. A medida, proposta pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, visa assegurar o cumprimento da prisão domiciliar e prevenir o risco de uma possível fuga.
No pedido, a PF argumenta que o monitoramento por tornozeleira eletrônica possui vulnerabilidades técnicas. A corporação aponta que a dependência do sinal de telefonia pode ser explorada, permitindo uma interrupção deliberada que criaria uma janela de tempo para uma fuga antes que o alerta fosse emitido às autoridades. A corporação considera que a vigilância externa, anteriormente sugerida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), é insuficiente para mitigar esse risco.
A PF também alegou que a fiscalização externa no condomínio onde Bolsonaro reside poderia causar transtornos aos vizinhos. Como solução, a corporação propõe a presença constante de policiais no interior da casa, citando como precedente o caso do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto.
O pedido surge após o ministro Alexandre de Moraes já ter determinado um reforço no policiamento nas proximidades da residência de Bolsonaro, atendendo a uma solicitação do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que havia apontado um risco de fuga. Antes de tomar uma decisão final sobre a nova solicitação da PF, Moraes encaminhou o pedido para análise e manifestação da PGR.







