Reajustes no preço da gasolina causaram prejuízos de 40% para motoristas de aplicativo

29 março – 2021 | 0:00
Gasolina já aumentou cerca de 21% somente nas refinarias da Petrobras; acréscimo nos preços no atacado normalmente é repassado ao consumidor final

Em carta aberta divulgada para a imprensa, motoristas de aplicativo da Capital reclamam mais uma vez da alta no preço dos combustíveis nos últimos meses. De acordo com a categoria, o prejuízo mensal chega a R$ 660, o que representa 40% dos ganhos dos motoristas.

Na dia 17 de março, os profissionais protestaram em Campo Grande através de uma carreata que passou pelo Parque dos Poderes, com buzinaço na frente da Governadoria, pela Afonso Pena, onde teve mais buzinas em frente ao Paço Municipal, e também na Câmara Municipal.

O preço da gasolina foi reajustado cinco vezes nos primeiros 60 dias do ano, que já aumentou 21%, somente nas refinarias da Petrobras. O acréscimo nos preços no atacado, normalmente é repassado ao consumidor final, e por causa de outras variáveis, como frete, margem das distribuidoras e postos, e base de cálculo do ICMS, pode chegar às bombas com uma variação ainda maior que nas refinarias.

No fim do mês de fevereiro, o governo do Estado congelou por 15 dias o preço da pauta fiscal da gasolina. Trata-se da base de cálculo que serve para o governo aplicar a alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): a da gasolina é de 30%, do etanol de 20% e do óleo diesel, de 12%.

A medida evitou que o valor subisse ainda mais, contudo, os motoristas de aplicativo alegam que isso não é suficiente. No fim de 2020, era possível encontrar o litro de gasolina sendo comercializada, em média, por R$ 4,50. No mês de março, as bombas já marcam R$ 5,60 o litro do combustível.

É o maior preço médio já registrado na série histórica da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que começou em 2001.  “Não estamos mais conseguindo colocar o pão de cada dia em nossas mesas”, alegaram os motoristas.

Os aumentos sucessivos por parte da Petrobras no preço dos combustíveis fizeram com que o decreto do governo federal que zerou os tributos sobre estes produtos tivesse praticamente nenhum efeito.

A medida está em vigor desde o dia 1º de março, e o diesel, por exemplo, só ficou em média R$ 0,03 mais barato nas bombas em Mato Grosso do Sul, conforme levantamento feito pela ANP.

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