Quadrilha tinha lema de ‘melhoria contínua’ na qualidade dos produtos vendidos.
A quadrilha do tráfico de drogas que usava ‘laranjas’ para abertura de contas bancárias e compra de veículos, na região de Dourados, próximo a Ponta Porã, que faz fronteira com o Paraguai, já teria movimentado cerca de R$ 4 milhões em seis meses. A quadrilha foi alvo de uma operação, na manhã desta quarta-feira (14), quando foram cumpridos 12 mandados.
Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Dourados e Rio de Janeiro em um total de 12 de prisão preventiva, busca e apreensão além do sequestro de bens. Durante a operação, foram apreendidos pelos policiais R$ 15 mil em espécie. Na capital, equipes do Garras prenderam o motorista da quadrilha.
Segundo o delegado Rodolfo Daltro, os policiais ao prenderam um dos alvos identificaram um esquema de envio de maconha, cocaína e supermaconha, baseado na retirada do produto do interior de embalagens contendo suplemento alimentar, sendo colocado no lugar as drogas, as quais eram remetidas, via Correios, para todo o país.
Ainda de acordo com as investigações, em seis meses, a quadrilha movimentou cerca de R$ 4 milhões. Também foi descoberto que, com os lucros da venda das drogas, o líder da quadrilha comprou duas carretas, cada uma avaliada em R$ 200 mil, sendo que os veículos realizavam viagens constantes para o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.
As investigações começaram depois do dia 11 de maio deste ano, quando foram apreendidas cerca de três toneladas de maconha, supermaconha e droga conhecida como BHO, que estavam armazenadas em um imóvel localizado no Parque dos Jequitibás, em Dourados. O responsável pela guarda das drogas foi preso neste dia.
Outros integrantes foram identificados, sendo que um deles estava preso no presídio de Bangu I, no Rio de Janeiro, uma vez que foi flagrado transportando 6 toneladas de maconha de Dourados para o estado do Rio de Janeiro.
Outro membro da quadrilha estava preso na PED pelo crime de tráfico de drogas. A organização criminosa tinha o lema de sempre promover uma “Melhoria Contínua” (Kaizen, na língua japonesa) na qualidade das drogas vendidas.
Thatiana Melo