
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago fecharam a segunda, dia 15, com altas bastante expressivas. O vencimento janeiro, por exemplo, subiu 2,72% e encerrou o dia em US$ 9,05.
De acordo com a Safras & Mercado, as cotações foram impulsionadas pelos possíveis efeitos do furacão Michael nas lavouras norte-americanas ainda não colhidas, principalmente no sudeste dos EUA. Na sexta passada, dia 12, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa de produção no país.
As inspeções de exportação norte-americana da oleaginosa chegaram a 1,15 milhões de toneladas na semana encerrada no dia 11 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. No ano passado, em igual período, o total era de 1,78 milhões de toneladas.
Cotações domésticas
O mercado brasileiro acompanhou a alta em Chicago, mas, apesar da melhora nas cotações, não houve grandes volumes negociados, com destaque apenas no Rio Grande do Sul. É importante lembrar que foi um dia de queda no dólar.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 88
- Cascavel (PR): R$ 86,50
- Rondonópolis (MT): R$ 78
- Dourados (MS): R$ 81
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 93
- Porto de Rio Grande (RS): R$ 93
- Porto de Santos (SP): R$ 92
- Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 92
- Confira mais cotações
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
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- Novembro/2018: US$ 8,91 (+24 cents)
- Janeiro/2019: US$ 9,05 (+24 cents)
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com ganho de US$ 10,1 (3,18%), sendo negociada a US$ 327,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 29,76 centavos de dólar, com alta de 0,37 centavo ou 1,25%.
MILHO
O grão negociado na Bolsa de Chicago terminou o dia com valorização. Segundo a Safras & Mercado, o mercado buscou uma recuperação frente às perdas registradas mais cedo, em meio às preocupações com as chuvas recentes registradas nos Estados Unidos, que podem ter atrasado o avanço da colheita no cinturão produtor e causado danos às lavouras.
O mercado repercutiu, também, o desempenho das inspeções de exportação norte-americanas, que chegaram a 9967 mil toneladas na semana encerrada no dia 11 de outubro. O desempenho é superior ao registrado um ano atrás, quando o total inspecionado era de 330 mil toneladas.
Brasil
A semana começou com poucas alterações em relação ao perfil de negócios no mercado brasileiro. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os consumidores ainda apontam para uma posição mais confortável em seus estoques em meio a uma maior propensão a negociar por parte dos produtores. Assim, há pressão sobre as cotações.
A movimentação cambial aponta para a continuidade da valorização do real, o que foi neutralizado nos portos pela alta na Bolsa de Chicago, comenta Iglesias.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
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- Rio Grande do Sul: R$ 43
- Paraná: R$ 33
- Campinas (SP): R$ 37
- Mato Grosso: R$ 22
- Porto de Santos (SP): R$ 37
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 36,50
- São Francisco do Sul (SC): R$ 36,50
- Veja o preço do milho em outras regiões
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MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
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- Dezembro/2018: US$ 3,78 (+4,5 cent)
- Março/2019: US$ 3,90 (+4,5 cent)
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BOI GORDO
Os preços do boi gordo estão perdendo a firmeza observada no início do semestre. A oferta de gado confinado tem aumentado, o que é comum para o segundo giro de confinamento, mas a demanda não acompanhou o maior volume de carne disponível no mercado interno, colaborando com preços mais frouxos.
Das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, nesta segunda-feira houve queda em sete e alta apenas em uma, considerando o preço a prazo da arroba do boi gordo.
Nas regiões onde a oferta de gado confinado é menor, o mercado segue firme, é o caso do Sul de Minas Gerais, por exemplo. Na região, o boi gordo está cotado, em média, a R$142,50 por arroba, a prazo, livre de Funrural. Alta de 0,4% frente ao fechamento da última semana.
A entrada da segunda quinzena do mês, período normalmente com queda do consumo, deve manter os preços patinando.
Reposição
A esfriada nos negócios do boi gordo nesta semana foi suficiente para o recriador/invernista colocar o pé no freio e as negociações diminuíram no mercado de reposição.
Esse menor volume de negócios tende a ser pontual, pois no curto e médio prazos as expectativas são de aquecimento nas cotações do boi gordo.
O volume de chuvas ganhou força nos últimos dias em quase todo o país e a recuperação das pastagens começa a ganhar ritmo. Diante dessa conjuntura, a expectativa daqui até o fim do ano é de cotações firmes para os animais de reposição.
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
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- Araçatuba (SP): R$ 149,50
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 144
- Goiânia (GO): R$ 140
- Dourados (MS): R$ 146,50
- Mato Grosso: R$ 129,50 a R$ 134
- Marabá (PA): R$ 136
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,55 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 150,50
- Sul (TO): R$ 136
- Veja a cotação na sua região
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CAFÉ
Em Nova York, o arábica encerrou as operações com valores bem mais altos — este foi o quarto dia de ganhos na bolsa. A sessão foi marcada por forte altas, ante a baixa do dólar contra o real no Brasil.
O cenário eleitoral brasileiro está contribuindo para a queda da moeda norte-americana, o que faz os agricultores perderem competitividade nas exportações. Isso, por sua vez, eleva as cotações futuras do café.
Os fundamentos seguem baixistas, com a ampla oferta global trazendo tranquilidade ao abastecimento. Mas os aspectos cambiais vêm garantindo movimentos de recuperação técnica e NY já flerta com a linha de US$ 1,20 a libra-peso. Vale lembra que, há pouco, o mercado tinha grande dificuldade de ficar acima de US$ 1.
Londres
O robusta negociado na bolsa inglesa acompanhou a valorização do arábica em NY, segundo traders, impulsionado também pela queda do dólar.
Preços internos
A forte valorização do arábica na bolsa deu sustentação ao mercado nacional, assim como os ganhos do robusta em Londres. As cotações internas ainda compensaram a alta externa de sexta-feira, dia 12, quando a bolsa operou e o Brasil esteve parado em função do feriado de Nossa Senhora Aparecida.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
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- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 435 a R$ 440
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 440 a R$ 445
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 370
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 328 a R$ 333
- Confira mais cotações
CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
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- Dezembro/2018: US$c 119,35 (+2,80 cents)
- Março/2019: US$c 122,95 (+2,85 cents)
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CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
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- Novembro/2018: US$ 1.738 (+US$ 25)
- Janeiro/2019: US$ 1.752 (+US$ 27)
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DÓLAR E IBOVESPA
A cotação do dólar encerrou esta segunda, dia 15, com queda de 1,18%. A moeda norte-americana inverteu a tendência de alta dos últimos dois pregões da semana passada e terminou cotada a R$ 3,73 para venda.
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou hoje em alta de 0,53%, com 83.359 pontos. Os papéis das empresas de grande porte, chamadas de blue chip, também fecharam valorizadas hoje, com as ações das Petrobras subindo 2,41%, Vale com alta de 2,27%, Itau subindo 1,01% e Bradesco subindo 0,63%.
Fonte: Canal Rural