quinta-feira, 28 mar 2024

Corrupção faturou R$ 3 milhões, apontam operações contra agências

Corrupção faturou R$ 3 milhões, apontam operações contra agências

14 fevereiro – 2019 | 14:14

As duas operações têm como alvo esquema envolvendo gráficas e agências de publicidade contratadas pelo poder público que superfaturam serviços e produtos com a finalidade de desviar dinheiro público. Se somadas as três fases, os prejuízos aos cofres públicos chegam a quase R$ 3 milhões – pelo menos R$ 2.870.00,00.

Tudo começou com apuração que chegou à Prefeitura de Paranhos, cidade de 13 mil habitantes a 469 km de Campo Grande. Nesta terceira etapa, a força-tarefa, que conta também com investigadores do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), mira contratos de junho de 2015 a agosto de 2016 com o Governo de Mato Grosso do Sul.

“A investigação tem como objetivo apurar a aquisição superfaturada de cartilhas educativas pela Secretaria de Estado da Casa Civil. Até o momento o prejuízo causado aos cofres público do Estado estaria estimado em R$ 1.600.577,00”, diz a nota divulgada pela PF e pelo MPMS nesta quinta-feira (14).

Aprendiz – Nesta manhã, policiais federais e agentes da CGU estão nas ruas de Campo Grande para cumprir 11 mandados de busca e apreensão em 1 residências e nas agências. 

Uma das empresas alvo é a Think Service Design, na Rua Imbé, bairro Cidade Jardim, próximo ao Parque dos Poderes. A agência já prestou serviço de publicidade para a Caravana da Saúde, dentre outros programas do Governo do Estado.

Equipe também esteve em prédio residencial na Rua Piratininga. Dois chaveiros foram chamados para abrir apartamento no Jardins do Parque Residence, um condomínio de luxo no bairro Santa Fé. O mandado de busca foi cumprido no sexto andar do edifício.

Outra equipe da força-tarefa cumpre mandados no Evidence Prime Office, condomínio de escritórios também em ponto nobre da cidade, onde funcionam três agências de publicidade. O prédio fica na esquina da Via Parque com a Hélio Yoshiaki Ikeziri.

Paranhos teve duas fases da operação Toque de Midas em 2017 (Foto: Arquivo)

Paranhos teve duas fases da operação Toque de Midas em 2017 (Foto: Arquivo)

Toque de Midas – A operação teve duas fases. Na fronteira com o Paraguai, marcada pelo tráfico de drogas e com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Econômico), Paranhos, a 469 km de Campo Grande, foi destino de duas ações da PF e da CGU.

A primeira fase da Toque de Midas foi em 4 de abril de 2017. A força-tarefa contra corrupção estimou prejuízo de R$ 1 milhão para os cofres públicos. De acordo com as investigações, houve montagem, manipulação de documentos e sobrepreço para aquisições com recursos do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar).

O esquema teria sido “fabricado” por um contador, com envolvimento de duas empresas de gênero alimentício de Ponta Porã.

Um mês depois, a segunda fase apontou superfaturamento de 367% na compra de livros e R$ 270 mil de prejuízo. O mesmo livro sobre educação ambiental que custou R$ 16 para outras prefeituras, foi adquirido por R$ 75 pela administração de Paranhos em 2016, na gestão do então prefeito Júlio Cesar de Souza.

Considerando os cerca de R$ 84 mil pagos indevidamente, o valor seria suficiente para adquirir mais de 5,2 mil exemplares ao preço normalmente praticado pelo mercado. O material foi fornecido pela Planeta ABC Soluções para Educação, com sede em Campo Grande e alvo de mandado de busca e apreensão.

Reportagem: Anahi Zurutuza

Fonte: Campo Grande News

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