sexta-feira, 19 abr 2024

Deputados de MS são contra novo imposto do governo

Deputados de MS são contra novo imposto do governo

21 julho – 2020 | 10:10

A criação de um novo imposto com alíquota entre 0,2% e 0,4% pelo governo federal nos moldes da extinta CPMF, que vai incidir sobre todas as transações digitais, divide a bancada sul-mato-grossense na Câmara dos Deputados, embora tanto parlamentares da base de apoio do governo quanto da oposição considerem necessária uma reforma tributária.

O Palácio do Planalto deve entregar hoje ao Congresso Nacional uma proposta que será apresentada em três etapas e vai tramitar com outras duas PECs que tratam do assunto, uma do Senado Federal e outra da Câmara.

A deputada federal Rose Modesto (PSDB) foi enfática: “Sou contra a criação da nova CPMF e qualquer outro imposto novo que onere ainda mais o cidadão”, disse.

Ela prossegue defendendo uma reforma tributária mais justa.

“Temos de aproveitar a reforma tributária que deve ser apresentada pelo governo para criar um sistema de arrecadação mais justo, que possibilite uma melhor distribuição entre União, estados e municípios”, finalizou.

Outro parlamentar que se manifestou contrário foi Fábio Trad (PSD): “Voto contra a tentativa de recriação da nova CPMF, ainda que com roupagem disfarçada”, opinou.

Trad argumentou que o governo deveria rever despesas públicas ao invés de penalizar trabalhadores e empresas.

“O governo deveria combater as exorbitâncias nas despesas públicas e rever a política de desoneração e incentivo fiscal que privilegia setores econômicos que poderiam incrementar a receita tributária. Nossa carga tributária é elevada e incompatível com um País de renda média”, defendeu.

Também o deputado Beto Pereira (PSDB) afirmou ser contrário à criação do novo imposto: “Precisamos simplificar o processo tributário do País para aumentar a base e diminuir gradativamente a carga tributária”, afirmou.

O tucano disse ainda que o Brasil não suportaria um novo tributo.

“Quanto à possível CPMF, a sociedade brasileira não admite nenhum novo imposto. Nossa carga tributária é altíssima, o sistema é muito complicado, complexo”, justificou.

De oposição ao governo federal, Dagoberto Nogueira (PDT) disse ser favorável à reforma tributária que estava em discussão na Câmara no ano passado.

“Simplificação dos impostos e, com o tempo, uma diminuição gradual deles. Agora, criar impostos como a CPMF, logicamente que sou contra, não só eu, mas o PDT vai votar contra”, afirmou.

PONDERAÇÃO

O parlamentar sul-mato-grossense que defendeu a criação da nova CPMF foi Luiz Ovando (PSL), que integra a base de apoio do governo.

“Se essa contribuição [CPMF] for em cima de transações comerciais que nada recolhem, sou a favor. Caso contrário, precisamos reconsiderar”, disse.

“A reforma tributária, em princípio, busca redução da carga tributária. A questão são as crendices sobre determinadas expectativas. Não há método arrecadatório perfeito na promoção da justiça social. Precisamos discutir e aprimorar”, concluiu Ovando.

Os deputados federais Loester Trutis (PSL), da base de apoio ao governo federal, Vander Loubet (PT), da oposição, e Bia Cavassa (PSDB), que integra partido do grupo que se declara independente, foram procurados pelo Correio do Estado, mas até o fechamento da edição não manifestaram seus posicionamentos.

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