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Em Corumbá, Felipe diz que risco das barragens “deve ser zero”

Em Corumbá, Felipe diz que risco das barragens “deve ser zero”

30 janeiro – 2019 | 9:09

O deputado estadual Felipe Orro, vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável,  esteve em Corumbá nesta terça-feira (29) para acompanhar de perto o trabalho de fiscalização das empresas mineradoras Vale e Vetorial,  que operam na cidade. A prioridade é a vistoria em todas as barragens de contenção dos rejeitos de minérios de ferro das reservas exploradas na região do Pantanal.

O trabalho de fiscalização coordenado pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), é uma forma de prevenção para evitar tragédias como as que ocorreram em Mariana, no ano de 2015; e a mais recente em Brumadinho (ambas cidades de Minas Gerais) com um número maior de mortos. 

Felipe afirma que o risco deve ser zero para as vidas das pessoas que moram em áreas próximas às barragens e principalmente pro Pantanal que de acordo com o parlamentar, é um santuário ecológico do Brasil e do mundo.

“Nós esperamos que essas barragens sigam todas as normas de segurança para que não ocorram desastres em Corumbá. Conforme as duas empresas, temos informação de que todas as barragens são de baixo risco. Mas também sabemos que elas têm alto potencial destrutivo devido a região que estão localizadas”. 

O deputado reitera que a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa continuará acompanhando de perto os trabalhos em Corumbá, “estou aqui representando a Assembleia para darmos explicações a população não só de Corumbá, mas de todo o Estado. As pessoas querem ter a certeza da garantia da vida e preservação do Pantanal”, afirma Felipe.

A primeira reunião foi na sede da Mineradora Vale onde técnicos apresentaram relatórios operacionais e planos emergenciais de evacuação, incluindo a devida manutenção das barragens de rejeitos, garantindo efetivamente que não há risco de um eminente desastre e que a segurança é prioridade em suas atividades. 

Caso ocorresse o rompimento da principal barragem de Urucum, a Gregório (capacidade de 9 milhões de metros cúbicos), de acordo com o gerente de Operação e Expedição da Vale, Odilon Silva, os danos seriam irreparáveis no bioma pantaneiro sul-mato-grossense.

“A mancha de inundação atingiria os balneários e os sitiantes localizados no distrito de Maria Coelho, chegando à rodovia BR-262, numa extensão de 16 quilômetros”, explica Odilon. Na região residem cerca de 200 pessoas.

Ainda de acordo com Odilon, a Vale realizou uma simulação de risco envolvendo funcionários e a população.

A outra reunião com a equipe e diretoria da Vetorial Mineradora foi na sede da Administração da Hidrovia do Paraguai (Ahipar). Os técnicos apresentaram os monitoramentos da Monjolinho que é a barragem com maior capacidade de depósito de rejeitos, 150 mil metros cúbicos; bem inferior a capacidade da barragem de Gregório. 

Vistorias

Na manhã desta quarta-feira (30) começam as vistorias em nove barragens , sendo que destas, sete correspondem à Vale e duas operadas pela Vetorial. 

As minas estão em uma distância de 40 quilômetros a leste de Corumbá, na Morraria do Urucum, uma das maiores reservas de minério do País.

O presidente do Imasul, Ricardo Eboli, explica que esta é a primeira fase dos trabalhos, uma inspeção inicial. Poderão haver outras dependendo das condições encontradas nas barragens. 

Também lembrou que a fiscalização e o licenciamento das atividades mineradoras é de competência do Governo Federal, “porém, o Governo do Estado têm preocupação já que estas mineradoras estão instaladas no território de Mato Grosso do Sul, em Corumbá.  Por isso, buscamos sempre zelar pela integridade, tanto dos recursos sociais, econômicos e ambientais”, garante Ricardo.

Participaram das reuniões representantes da Prefeitura de Corumbá, Defesa Civil do Estado, Corpo de Bombeiros, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/MS), Polícia Militar Ambiental, Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste e Ministério Público Federal.

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