Dois motociclistas caíram ao passarem por bueiros abertos cobertos pela enxurrada em bairros diferentes

Em menos de uma hora, a chuva que atingiu a Campo Grande nesta tarde (16), alagou ruas e causou acidentes em alguns bairros da cidade. No Bairro Caiobá, por exemplo, a Rua Francisco Antonio de Souza ficou inundada após a chuva.

Crianças brincando em rua alagada no Caiobá (Direto das Ruas)
O vendedor, Evandro Espinoza, de 32 anos, trabalha em uma loja ali contou que a chuva não durou muito, mas veio com força. “Um motociclista chegou a cair por que a tampa do bueiro saiu. Ele passou por cima e caiu, depois saiu empurrando a moto”, comentou.

Nas fotos enviadas à reportagem, mostram a água acima do meio fio invadindo calçada. Na mesma rua, crianças foram flagradas brincando na enxurrada, que mais parecia um rio.

Não bastasse deixar a rua intransitável, a água da chuva traz mal cheiro. “Toda que chove acontece isso, a rua vira um rio. E quando chove mais forte a água entra para dentro da loja, isso aqui vira um Deus nos acuda. O pior quem vem uma água podre, uma coisa insuportável”, afirmou a comerciante Antônia Aparecida, 50 anos, moradora do Bairro há 23 anos.

O mecânico, Marcos André, 30 anos, contou que se mudou para uma casa ali a mais ou menos dois anos. “É sempre isso aqui. É chover que vira esse rio na rua, sem falar no cheiro que é insuportável”, disse.

A chuva também alagou o cruzamento da Rua Panambi Verá com a Avenida Prefeito Ludio Martins Coelho, na região do Bairro Tijuca.

Na região do Bairro Los Angeles outro motociclista caiu. O motoentregador José Robero Paiva, de 45 anos, filmava a enxurrada pela Rua Dom Fernandes Sardinha quando flagrou um motociclista que caiu também ao passar por um bueiro. “Foi um susto, mas ele não machucou. Quebrou o paralama da moto”, contou.

Segundo Paiva, no Bairro a situação é preocupante toda vez que o tempo fecha. Ele mora no Residencial Terra Morena e a chuva é “inimiga” dos moradores. O acesso ao condomínio se torna um rio e moradores ficam ilhados. “Não dá pra sair, vem uma tomba d’água desde lá da BR. Dificulta nossa entrada em casa e sempre deixa avarias nos veículos, porque não desce só água, vem terra e pedra junto”, disse, ainda preocupado com a noite, quando sairá para trabalhar.