quinta-feira, 18 abr 2024

“Ferrovia Transamericana é nossa prioridade”, afirma Reinaldo Azambuja a ministro da Bolívia

“Ferrovia Transamericana é nossa prioridade”, afirma Reinaldo Azambuja a ministro da Bolívia

23 agosto – 2019 | 8:08

O governador Reinaldo Azambuja reafirmou nesta sexta-feira (23.8), em encontro com o ministro de Obras Públicas da Bolívia, Oscar Coca Antezana, que Mato Grosso do Sul priorizou a ligação ferroviária – a chamada Ferrovia Transamericana – com o vizinho país para integrar Santos (SP) a Arica (Peru), abrindo uma nova opção de escoamento da produção brasileira para o mercado asiático.

Com esse propósito, o Governo do Estado busca viabilizar a revitalização da Malha Oeste, cujo trecho de Três Lagoas a Corumbá está sucateado e com baixa nível de produção, e articula, com o apoio de São Paulo e a bancada federal, incluir a ferrovia no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do Governo Federal, e estender a atual concessão, que finda em sete anos, para mais 30 anos.

O ministro boliviano, por sua vez, também sustentou o compromisso do presidente Evo Morales em concluir as obras complementares da ligação da ferrovia, a partir de Santa Cruz de La Sierra, até Arica. Segundo ele, faltam 150 km, entre Cochabamba a Bulo Bulo, que serão implantados em um prazo de no máximo três anos. A Transamericana também se integra ao Chile, com acesso ao porto de Iquiqui.

Corredor já estruturado

“Acredito muito nesse corredor, ainda mais depois dos acordos firmados para a importação do gás natural e ureia para empreendimentos que estão sendo instalados em Mato Grosso do Sul”, afirmou Reinaldo Azambuja. “Sou um entusiasma em mais esta saída para o Pacífico, é prioridade nossa e estamos juntos com a Bolívia para viabilizá-la”, complementou.

O governador adiantou ao ministro as ações que o Estado vem desenvolvendo para garantir a restauração da Malha Oeste, que é vital para viabilizar o corredor ferroviário, acentuando que as tratativas com o Governo Federal avançam e os resultados são extremamente positivos quanto a inclusão da ferrovia no PPI.

“É a rota mais lógica e factível, está praticamente estruturada”, enfatizou Reinaldo Azambuja. “Teremos uma logística em potencial não só para nossos produtos. Temos a ureia, que já tem acordo de exportação pela Acron (grupo russo que assumiu a unidade da UFN3 de Três Lagoas), e possibilidades de compra de cloreto de potássio. São produtos que o Brasil importa em mais de 90% e estão aqui ao lado, na Bolívia.”

O governador e o ministro conversaram também sobre as questões aduaneiras na fronteira, entre Corumbá e Puerto Suarez, que precisam ser definidas com maior urgência, com a criação, inclusive, de uma normativa que facilite o trânsito de mercados bolivianas até Campo Grande. Oscar Antezana propôs uma ação conjunta para eliminar as barreiras atuais.

Ministro da Bolívia garantiu conclusão do último trecho do corredor ferroviário

Uma aduana integrada

Presente ao encontro, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Agricultura Familiar e Produção (Semagro), Jaime Verruck, disse que essa discussão de curto prazo deve envolver os órgãos do setor alfandegário dos dois países, das áreas tributárias, meio ambiente e agropecuária, enquanto se viabiliza a infraestrutura de logística.

“A questão aduana é um dos gargalos que temos na fronteira com a Bolívia, tanto para o fluxo rodoviário como ferroviário, devido à demora na tramitação de documentos e outros requisitos, e o que precisamos é simplificar isso com uma alfândega integrada”, explicou Verruck.

O secretário adiantou que a YPFB, a estatal petrolífera boliviana, pretende instalar uma central de distribuição de ureia e cloreto de potássio em Campo Grande, que se tornará um centro de distribuição dos produtos para o Brasil, devido às perspectivas de importação em grande escala. Somente Mato Grosso do Sul deverá importar 400 mil toneladas de ureia este ano.

O diretor de comercialização da YPFB, Xavier Barriga, se encontra em Campo Grande para definir uma área para a instalação, com o apoio técnico da Semagro, e participou da reunião entre o governador e o ministro. Também presente o ministro João Carlos Parkinson, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Texto: Sílvio de Andrade – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

Fotos: Chico Ribeiro

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