A inauguração acontece durante as comemorações dos 239 anos de Corumbá, município pantaneiro localizado a 419 quilômetros de Campo Grande. Além do governador e do ministro, visitaram as instalações do frigorífico o prefeito da cidade, Ruiter Cunha, o senador Pedro Chaves (PSC) e deputados estaduais e federais.
O frigorífico foi construído pela empresa Caimasul (Caimans do Sul do Pantanal Importação e Exportação), que investiu R$ 30 milhões na unidade com capacidade de abater 600 animais por dia e deve gerar 150 empregos diretos, com previsão de produzir 350 toneladas de carne por ano e 10 mil peles.
“O evento de hoje é um marco na história do Pantanal, uso sustentável dos recursos naturais que representam uma nova oportunidade econômica no Estado”, disse BlairoMaggi, que parabenizou os empresários por terminarem “projeto tão inovador e importante”.
O ministro da Agricultura incrementou seu discurso com dados da economia do setor. Informou que são 85 bilhões de dólares exportados em alimentos do País, e importamos 10 bilhões de dólares. O Brasil tem de 6 a 7% do mercado mundial de alimentos, segundo Maggi, a intenção é chegar a 10%, mas para isso precisa justamente da ajuda de projetos novos e a diversificação dos produtos.


Ministro Blairo Maggi (de azul), Pedro Chaves e Reinaldo Azambuja recebem artigos produzidos com couro de jacaré. (Foto: Priscilla Peres)
“Vamos poder oferecer algo novo para o mercado nacional e internacional, que leva uma marca forte que é o Pantanal. Não tenho dúvidas que, além dos empregos e oportunidades, a gente vai avançar bastante, porque é um nicho de mercado interessante e novo”, discursou Reinaldo Azambuja durante a inauguração.
A construção do frigorífico foi lançada há pouco mais de um ano, no dia 16 de junho. Está localizado à margem da BR-262, distante aproximadamente 35 quilômetros da área urbana de Corumbá, em uma fazenda de 154 hectares.
O abatedouro tem autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para funcionar e faz parte do projeto Caimasul, complexo industrial que engloba criação, engorda e abate de jacarés.
“Aqui nós temos o ciclo completo da cadeia produtiva do jacaré e é um ótimo exemplo de que é possível encontrar o equilíbrio entre a sustentabilidade e a produção”, disse o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck sobre o frigorífico.
“Ainda vai ajudar a gerar emprego e renda em uma nova vertente da economia do estado, que ainda vai gerar turismo e desenvolvimento”, complementou.


Jacarés em uma das baias da fazenda no frigorífico. (Foto: Priscilla Peres)