Com 236 novas máquinas, iniciativa busca reduzir o deslocamento de pacientes no interior do estado, levando o atendimento para mais perto de casa.
O Governo de Mato Grosso do Sul está reestruturando o tratamento de hemodiálise ao instalar 236 novas máquinas em quatro macrorregiões. A ação, parte do programa “MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila”, visa aproximar o atendimento dos pacientes e diminuir o desgaste com longas viagens.
Com um investimento superior a R$ 17,5 milhões, a expansão representa um marco para a saúde renal no estado. A iniciativa eleva a capacidade total de atendimento para 1.416 novos pacientes, um alívio para quem depende do tratamento contínuo para a Doença Renal Crônica (DRC). Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o objetivo é garantir que o paciente tenha acesso ao serviço com mais dignidade e menos sofrimento.
A descentralização do serviço é a base da estratégia. Antes, muitos pacientes precisavam percorrer centenas de quilômetros várias vezes por semana. “Essa nova realidade não apenas melhora a adesão ao tratamento, como devolve qualidade de vida a essas pessoas”, afirma o secretário de saúde, Dr. Maurício Simões Corrêa. A ampliação eleva o parque tecnológico do estado para um total de 674 máquinas.
A história de Cícero Pinheiro, residente de Ponta Porã, ilustra o impacto positivo da mudança. Anteriormente, ele viajava três vezes por semana para Dourados, um trajeto exaustivo. Agora, com 20 novas máquinas em sua cidade, o tratamento é realizado localmente. “Acabou o cansaço da viagem. Agora posso descansar em casa depois da sessão”, comemora.
O programa de regionalização foi lançado em 2023 para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) no interior. A distribuição dos novos equipamentos foi planejada para cobrir áreas estratégicas e com alta demanda, beneficiando diretamente milhares de sul-mato-grossenses, com dezenas de equipamentos novos em cidades como Coxim, Ponta Porã, Naviraí, Jardim e Aquidauana.
Com a expansão, Mato Grosso do Sul não apenas aumenta a capacidade de atendimento, mas redefine o cuidado renal com mais dignidade e menos barreiras geográficas.
Foto de capa: Bruno Rezende/Secom