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Hamas declara fim da guerra e anuncia cessar-fogo; acordo prevê libertação de reféns e retirada parcial de tropas em Gaza

Redação
09 outubro – 2025 | 15:15
Crianças palestinas celebram fim da guerra - Eyad Baba / AFP

Liderança do grupo diz ter recebido garantias de mediadores e dos EUA; Israel e Hamas assinaram a 1ª fase de um pacto que inclui troca de prisioneiros e abertura de passagens humanitárias.

O Hamas anunciou nesta quinta-feira (9) que considera encerrada a guerra em Gaza após a assinatura da primeira fase de um acordo de cessar-fogo mediado por Estados Unidos, Catar, Egito e Turquia. Segundo a liderança do grupo, as garantias apresentadas pelos mediadores — inclusive pelos EUA — permitem declarar o fim das hostilidades e avançar para etapas que envolvem retirada parcial das forças israelenses, troca de prisioneiros e ampliação do acesso humanitário ao território.

Pelo entendimento firmado, o Hamas se compromete a libertar dezenas de reféns israelenses nas próximas horas, enquanto Israel deverá soltar presos palestinos — com ênfase em mulheres, menores e detidos desde o início do conflito — e recuar tropas de áreas específicas da Faixa de Gaza. O pacto também prevê abertura de pontos de passagem para a entrada de ajuda humanitária e uma tramitação em fases para consolidar a trégua.

Apesar do avanço diplomático, analistas alertam que o processo é frágil: persistem divergências sobre o ritmo da retirada militar, o cronograma completo de libertações e o arranjo político para a governança pós-guerra em Gaza. A efetivação de cada etapa dependerá de verificações no terreno e de novas deliberações do governo israelense.

O anúncio ocorre após semanas de negociações intensas e coloca em curso um roteiro de paz em etapas, com monitoramento internacional. A expectativa é que, superada a fase inicial de cessar-fogo e trocas, avancem discussões sobre reconstrução, segurança de fronteiras e arranjos institucionais para a região.

Se confirmadas integralmente, as medidas representam o passo mais concreto rumo à desescalada do conflito desde o recrudescimento da guerra. Ainda assim, violações pontuais e incidentes de segurança permanecem como risco, exigindo atuação contínua dos mediadores para evitar rupturas no acordo.

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