Com investimento milionário, o estado se destaca na produção de biocombustíveis a partir de resíduos da cana-de-açúcar
O Estado de Mato Grosso do Sul está prestes a receber um investimento significativo no setor de energia renovável com a construção da primeira fábrica de biometano a partir de resíduos de cana-de-açúcar. O projeto, que custará R$ 350 milhões, será instalado em Nova Alvorada do Sul, um local estratégico para a produção de etanol e agora, biometano.
Durante a abertura da Expocanas, o CEO da Atvos, Bruno Serapião, anunciou a escolha de Nova Alvorada do Sul para o empreendimento devido à eficiência e boa gestão municipal. A planta utilizará subprodutos da produção de etanol, como vinhaça e torta de filtro, para gerar biometano, transformando resíduos em recursos valiosos.
A produção do biometano não apenas contribuirá para a sustentabilidade ambiental, reduzindo a emissão de gases do efeito estufa em 40%, mas também promoverá a auto-suficiência energética na região. A expectativa é que a unidade, com capacidade instalada de 28 milhões de metros cúbicos por safra, comece a operar entre o final de 2025 e meados de 2026.
Além disso, o governo do estado, representado pelo governador Eduardo Riedel, está promovendo incentivos fiscais para apoiar este e outros projetos similares, visando a redução do ICMS para biometano de 17% para 1,8%. Essas iniciativas são parte de uma estratégia maior para tornar Mato Grosso do Sul um estado carbono neutro até 2030, criando novas oportunidades de emprego e fortalecendo a economia local através da energia limpa.