Juiz nega pedido de ex-prefeito para cumprir prisão em fazenda

28 outubro – 2021 | 15:15
Maurílio Azambuja cumpre prisão preventiva em casa. (Foto: Arquivo)

Maurílio Azambuja alegou ser administrador da propriedade, mas vai continuar recolhido em casa

O ex-prefeito Maurílio Azambuja (MDB), um dos nove réus no âmbito da Operação Dark Money por suposto desvio de R$ 23 milhões do cofre público, vai continuar cumprindo prisão domiciliar em sua casa, em Maracaju (cidade a 160 km de Campo Grande).

Em recurso apresentado pelos advogados de defesa, ele tentou transferir o local da prisão domiciliar para a fazenda dos filhos, no mesmo município, mas o juiz da 2ª Vara Criminal, Marco Antonio Montagnana Morais, indeferiu a manobra.

Na mesma decisão, o magistrado negou liberdade a outros três réus que continuam atrás das grades – o ex-secretário de Fazenda Lenilso Carvalho Antunes, o ex-chefe do setor de licitações Edimilson Alves Fernandes e o empresário Pedro Everson Amaral Pinto.

Administrador – A defesa do ex-prefeito pediu autorização de mudança de endereço para a prisão ser cumprida na propriedade rural dos filhos, a Fazenda Suçuarana, localizada na margem da BR-267, a 70 km da cidade. Maurílio Azambuja alegou no pedido que exerce função de administrador rural.

Entretanto, o juiz rebateu o argumento e lembrou que o ex-prefeito só não está atrás das grades assim como os outros três réus devido à idade avançada. Nascido em 15 de abril de 1948, ele tem 73 anos.

“A prisão domiciliar foi autorizada em razão de sua idade avançada, bem como pelo seu estado de saúde, sendo que sua saída do domicílio somente seria autorizada para tratamento de saúde. Assim, autorizar a mudança de domicílio, para que possa exercer a função de administrador rural na propriedade dos filhos, se revela contraditório aos fundamentos da referida decisão”, afirmou Marco Antonio Montagnana Morais.

Presos – O juiz também negou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa de Lenilson, Edimilson e Pedro Everson. Eles tentavam obter o mesmo benefício dado ao ex-prefeito, que está preso em casa, monitorado por tornozeleira eletrônica.

“Os acusados não trouxeram novos fundamentos que pudessem reverter a decisão. O oferecimento da denúncia em desfavor dos acusados e seu recebimento não interfere e não traz qualquer elemento novo apto a afastar a necessidade de prisão preventiva”, afirmou o magistrado.

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