Anúncio foi feito em Jacarta, durante visita de Estado à Indonésia; presidente, que completará 80 anos, tenta um inédito quarto mandato e reacende xadrez político para 2026.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quinta-feira (23) que disputará as eleições presidenciais de 2026. A declaração ocorreu em Jacarta, ao lado do presidente indonésio Prabowo Subianto, durante agenda oficial. “Vou completar 80 anos, mas estou com a mesma energia de quando tinha 30”, afirmou, ao anunciar a decisão de concorrer novamente ao Planalto.
Se eleito, Lula alcançará um quarto mandato, algo inédito entre presidentes eleitos desde a redemocratização. A confirmação ocorre em cenário de direita fragmentada após a condenação de Jair Bolsonaro, o que tende a reorganizar as forças de oposição e a acelerar a busca por um nome competitivo para a disputa de 2026.
O anúncio, repercutido por veículos internacionais, sublinha a estratégia de Lula de capitalizar a projeção externa de seu governo em ano pré-eleitoral, com compromissos que vão de parcerias econômicas a agendas climáticas, enquanto mantém a narrativa de vigor político e físico — “a energia de 30 anos” — como resposta a questionamentos sobre a idade.
Do lado adversário, analistas apontam nomes como Tarcísio de Freitas entre os potenciais concorrentes mais viáveis, apoiados por segmentos conservadores e do empresariado. A disputa, porém, dependerá de arranjos partidários, do humor do Congresso e da capacidade de cada campo de construir alianças regionais e unificar palanques.
Com a candidatura posta, o tabuleiro de 2026 entra em fase de aquecimento: o PT busca consolidar apoios e resultados na economia para sustentar a campanha, enquanto a oposição mede forças e testa discursos. A partir de agora, a atenção se volta à formação de chapas, ao calendário de reformas e entregas do governo e à evolução dos indicadores sociais, fatores que podem redefinir as tendências até a oficialização das candidaturas no ano que vem.







