“Ela fazia tudo com um sorriso lindo no rosto. Não via a hora de fazer 18 anos para trabalhar, se debruçou em cima dos livros e passou na Universidade Federal, estava super feliz com a gestação. Ela batalhou por tudo na vida, tinha um futuro tão lindo!” lamenta, emocionada.

O principal suspeito pelo assassinato de mãe e filha, Marcos Fioravanti Neto, foi presos horas depois do crime, cometendo furto em uma cidade vizinha. A mãe de Maiana afirma que tinha medo do genro porque ele era usuário de drogas.

“Eu nunca poderia imaginar isso, minha filha saiu de casa para morar em outra cidade, para estudar e trabalhar, e voltou desse jeito com a nenê. Eu não me conformo”, declara, abalada.

A mãe de Marcos, em depoimento à polícia, disse que o filho tinha problemas psiquiátricos. Marcos chegou a ficar internado em uma clínica de recuperação para dependentes químicos em Dourados. Colegas do grupo de capoeira que o casal participava, dizem que ele parecia perturbado.

A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) onde Maiana era caloura do curso de História, suspendeu as aulas no curso nesta segunda-feira. No local, flores, velas, e mensagens que diziam “Maiana Vive! Dandara vive!”.

A Associação Atlética Acadêmica de História da UFGD, publicou uma nota no Facebook falando sobre a “resistência e militância” da jovem:

“A Maiana sempre vai ser lembrada pela sua resistência e pela sua militância e sempre estará presente. Hoje uma caloura entrou para as estatísticas, é algo que parece tão distante que quando acontece com alguém próximo, nós entramos em choque”, diz a nota.

Amigos mudaram fotos de perfil no facebook para uma imagem de Maiana na formatura do ensino médio. Ela era ativista do movimento negro em Dourados.