terça-feira, 16 abr 2024

No centro da Rota Bioceânica, Mato Grosso do Sul pode ser celeiro de startups da América Latina

No centro da Rota Bioceânica, Mato Grosso do Sul pode ser celeiro de startups da América Latina

03 maio – 2021 | 7:07

O Governo do Estado tem atuado de forma efetiva no projeto de implantação da Rota Bioceânica, importante corredor de integração rodoviária que ligará o Atlântico ao Pacífico rumo ao mercado asiático.

A obra que vai ligar Brasil, Paraguai, Argentina e Chile traz inúmeras perspectivas de desenvolvimento para essas localidades, em especial os Estados e municípios que fazem parte da travessia.

Em Mato Grosso do Sul a economia criativa desponta nesse cenário promissor de novos negócios, emprego e renda.

A Rota Bioceânica motivou uma iniciativa de cooperação internacional pela Associação Sul-mato-grossense de Startups (StartupMS) que está mapeando lideranças de inovação no Paraguai, Argentina e Chile.

Porto Murtinho tem estimativa de exportar 940 mil toneladas este ano – mais de 90% de soja e cimento

“Entendemos que o estado pode ser um ponto de entrada para startups da América Latina no Brasil”, afirmou ao Valor Econômico, o diretor da Associação Sul-mato-grossense de Startups (StartupMS), Luiz Soares Alves.

Na avaliação do diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect) Márcio de Araújo, a consolidação da Rota Bioceânica irá acelerar ainda mais o ambiente de inovação e tecnologia no Estado. “Além dos estudos que poderá gerar, o acesso aos suprimentos e a inserção em redes tornará nosso estado ainda mais competitivo”.

O ecossistema de inovação em Mato Grosso do Sul conta com diversos agentes e ambientes de inovação em crescimento, e que recebem o apoio da Fundect, entre eles  o Living Lab no SEBRAE e Litech na OAB. “O Estado ainda não tem um Parque Tecnológico efetivamente implantando, mas a FUNDECT e a SEMAGRO tem investido no Parque Tecnológico de Ponta Porã – Ptin, quem está em estágios avançados de efetivação para que possa apoiar iniciativas tecnológicas”.

A Fundect também atua nas instituições de ensino superior. “Nas universidades há os Núcleos de Inovação Tecnológica, que são habitats de inovação, instituídas como promotoras e apoiadoras da inovação no âmbito acadêmico. Quase todas as universidades do estado tem um NIT instituído, tais como, AGINOVA-UFMS, NIT-UEMS, S-INOVA-UCDB, INOVA-UNIGRAN, NIT-UFGD”, pontua.

Neste ecossistema o Governo do Estado tem fomentado diretamente ideias e empreendimentos inovadores por meio dos Programas Centelha e Tecnova (em conjunto com a FINEP), que 2020 distribuíram R$ 3,95 milhões por meio de editais de subvenção econômica.

Para 2021 estão previstos mais R$ 3 milhões por meio do Programa do Centelha II, a selecionar 50 projetos com ideias inovadoras. “Por meio do TECNOVA I e II e Programa Centelha I já apoiamos 48 empresas inovadoras, e neste ano de 2021 teremos outras 50 apoiadas. Trata-se de uma tendência de crescimento ano a ano, pois a Fundect adotou o investimento no empreendedorismo tecnológico como estratégia de apoio ao desenvolvimento do Estado”, destaca Márcio.

Obra estadual amplia competitividade na região

Investimentos de R$ 25 milhões do Governo do Estado incrementa projeto da bioceância e coloca MS em posição estratégica para economia da América do Sul

O Governo do Estado contruiu o contorno rodoviário de 7,19 km em Porto Murtinho, com investimentos de R$ 25 milhões e, com isso, disciplinou o tráfego pesado e deu maior rapidez na chegada das cargas aos dois portos em operação, facilitando movimentação de cargas por até 17h ininterruptas. O acesso permite que os operadores ganhem em agilidade e antecipem a saída dos comboios nos próximos cinco meses em que o Rio Paraguai é navegável.

Na avaliação do secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, investimentos como este são estratégicos e de efetivo resultado. “A modernização em todo o Estado passa por um ponto muito importante, que é a Rota Bioceânica. Neste sentido, Porto Murtinho é fundamental como importante polo de exportação dos nossos produtos, das nossas commodities, potencializando nosso setor produtivo em um ciclo positivo de geração de renda e empregos”, destaca.

Mireli Obando, Subcom

Foto: Silvio Andrade

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