O projeto Percutindo Arte encantou o público presente na Praça da Independência nesta tarde de sexta-feira (10), em Corumbá, durante o Festival América do Sul. O grupo, orquestrado por Marcos Farim, agitou a plateia com sucessos de Djavan, Lulu Santos e Sandra de Sá.
O Percutindo Arte trabalha com pessoas com deficiências, idosos, crianças e tem como objetivo incluir as pessoas na música e, através dela, ajudá-las em todos os momentos de suas vidas. Marcos Farim falou que seus alunos ficaram surpresos e felizes ao receberem a notícia de que iriam se apresentar no FAS.
“Foi uma surpresa muito boa porque é a primeira vez que o projeto se apresenta num festival tão grande como o Festival América do Sul. Eles não acreditaram quando falei que teríamos uma apresentação no festival, ficaram deslumbrados. E tivemos essa possibilidade de eles sentirem esse sabor especial de se apresentarem no Festival, deles serem importantes também”.
Histórias de superação e a busca pela felicidade foram escritas na trajetória do projeto. Exemplo disso é o Seu Júlio, de 65 anos, que se recuperou de uma depressão após conhecer o trabalho do Percutindo Arte.
“O projeto na minha vida foi de grande valor porque aos 56 anos eu tive um glaucoma. Fiquei 8 meses em depressão e eu não sabia que havia esse projeto. Aí um dia, passando pela praça, a minha esposa viu, nós paramos e eu perguntei: professor, eu posso participar? Ele disse que eu podia. E, desde então, esse projeto me ajudou muito na minha recuperação, da depressão, da dor brusca, do estresse.”,
Seu Júlio está há cinco anos no Percutindo Arte. Projeto que o ajudou a reencontrar, através da música, a felicidade. Ao final das apresentações, o professor Marcos Farim fez questão de trazer seus alunos para frente da plateia, a qual aplaudiu de pé os membros.
Inclusão através da música
Com instrumentos percussivos, expressão corporal, bateria e também com alguns instrumentos melódicos, o Percutindo Arte trabalha com o ensino da música de maneira geral, com crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais. Hoje, já conta com mais de 12 alunos especiais e o projeto continua crescendo, segundo Marcos.
O trabalho que começou na praça tem 13 anos com o objetivo de fomentar e incluir novas pessoas através do ensinamento musical. Marcos Farim conta que a inclusão é uma oportunidade de criar uma nova forma de viver. ”Para eles é tudo. A música dá essa possibilidade de acreditarem que a vida é valiosa, que a vida não terminou. É importante estar sempre acreditando e sentindo momentos bons”.
João Pedro Flores, Ascom FAS 2023
Fotos: Bruno Rezende
Galeria de imagens disponível no site: https://www.festivalamericadosul.ms.gov.br/percutindo-arte/