Pescadores capturaram um raro atum azul com 350 quilos a 300 km da costa do Rio Grande do Norte, o peixe poderia valer cerca de R$ 140 mil, mas a venda não aconteceu por conta de um pequeno detalhe.
A raridade do peixe é tamanha e a carne tão apreciada em países ocidentais, que o animal foi arrecadado por US$ 1,8 milhão em um leilão no Japão, realizado em 2020.
Raridade essa desconhecida pelos pescadores, que deixaram o animal por cerca de 15 dias no gelo, perdendo a qualidade da carne e não conseguindo realizar a venda, nem mesmo para comércios locais.
“A embarcação e os pescadores não estavam preparados para a pesca desse peixe. Deveriam ter interrompido a pescaria imediatamente e retornado ao continente com o peixe ainda fresco”, explicou Gabriella Minora, gerente de Gestão Ambiental de Areia Branca.
“É necessário todo um cuidado para manusear o peixe. Esse tempo todo fez perder a qualidade de sua carne. Não conseguiram exportar e acabaram dividindo entre eles”, complementou.
O dono da embarcação, que preferiu não se identificar, disse que a carne do peixe perdeu a qualidade e não poderia mais ser usada no preparo cru, seja no sushi ou sashimi, e por isso, ele dividiu o peixe e distribuiu entre a comunidade, para que todos pudessem comer a carne frita.
O peixe é um bichão. Ele não estragou. É que para fazer sushi, a qualidade ficou comprometida. Aí, como ele é muito grande, nem as peixarias daqui pegaram”, explicou.
“Ele é muito caro, né? Aí, estou até com medo de vir ladrão atrás de mim. O peixe vai virar fritura para a gente mesmo. Já dividimos”, destacou o pescador.