Três dos suspeitos são presos temporários, que ficaram calados durante interrogatório em MS. Outros três são empresários e também foram feitas buscas nas empresas deles.
A Polícia Civil já ouviu seis suspeitos de estarem envolvidos no esquema de corrupção na prefeitura de Maracaju, região sul do estado. O depoimentos são de três empresários, moradores de Campo Grande, além de outros três presos temporários e ocorreram na sede do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), nessa quinta-feira (23).
Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, titular da unidade policial e responsável pelas investigações, os três presos temporários ouvidos estavam acompanhados do mesmo advogado e permaneceram calados durante o interrogatório. Já no caso dos empresários, também foram feitas buscas nas empresas deles.
Nesta sexta-feira (24) a polícia aguarda a possível apresentação do ex-prefeito do município de Maracaju, Maurílio Ferreira Azambuja. O advogado dele, Rodrigo Dalpiaz, disse ao G1 que fez contato com a família e também aguarda a vinda dele para a capital-sul-mato-grossense. Enquanto isso, também acompanha o pedido de revogação da prisão feito ao juiz Marco Antonio Montagnana Morais.
A prisão dele e dos outros envolvidos foi determinada por cinco dias, assim que a operação “Dark Money” foi deflagrada no município, com mandados cumpridos também em Campo Grande e Umuarama (PR). Os crimes teriam ocorrido na gestão do município entre 2019 e 2020 e o desvio apontado pela polícia é de R$ 23 milhões em recursos públicos.
Um dos presos atuava como gestor financeiro. Segundo a polícia, ele era o ‘braço direito’ do ex-prefeito e ‘a pessoa quem assinava os cheques’. O homem estava escondido no Paraná, quando foi preso e recambiado para Mato Grosso do Sul.
Prisões


Ao todo, sete pessoas foram presas e houve o cumprimento de mandados de busca em 26 endereços, totalizando a apreensão R$ 143 mil em dinheiro, além de folhas de cheque no valor de R$ 109 mil.
Os presos devem responder por crimes contra o patrimônio público.
O que foi apreendido


Responsável pela ação, o Dracco informou que foram apreendidos, além dos cheques e dinheiro já citados, uma dezena de veículos, eletrônicos, smartphones, computadores, documentos, armas de fogo e munições de vários calibres, joias, discos rígidos. Contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas foram bloqueadas, em número não precisado.
“Seis mandados de prisão temporária foram cumpridos. Um dos investigados segue foragido. Porém as diligências seguem ininterruptas com o objetivo de realizar o cumprimento da ordem judicial”, informou Medina, em nota à imprensa.
Fonte: G1 MS