Resumo das Olimpíadas: judô e skate garantem as primeiras medalhas do Brasil

26 julho – 2021 | 9:09

Kelvin Hoefler coloca o país no quadro com prata no street, enquanto Daniel Cargnin fica com o bronze no peso-meio-leve. Ex-nadador vibra com ouro de pupilo, enquanto ginástica oscila em primeira apresentação.

O Brasil disse “presente” no quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Com direito a muita emoção até as últimas ações, Kelvin Hoefler, prata no skate street, e Daniel Cargnin, bronze no peso-meio-leve do judô, colocaram o país no pódio pela primeira vez no Japão. A madruga no horário de Brasília contou ainda com holofotes em dois dos maiores atletas de todos os tempos: o agora comentarista Michael Phelps e a ginasta Simone Biles.

Judô mantém tradição

Daniel Cargnin garantiu a medalha de bronze já na manhã de domingo no Brasil ao vencer o israelense Barush Shmailov com um waza-ari no peso-meio-leve (-66kg). Na campanha, o brasileiro de 23 anos venceu o egípcio Mohamed Abdelmawgoud, Denis Vieru, da Moldávia, e o italiano Manuel Lombardo, até cair diante do japonês Hifumi Abe na semifinal.

O gaúcho se recuperou rápido e fez uma luta agressiva diante de Shmailov para garantir seu lugar no pódio. Foi a 23ª medalha do judô brasileiro na história dos Jogos Olímpicos. Um recorde!

É prata!

A primeira medalha do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio 2020 vai ficar na história. Afinal, ela veio na primeira final olímpica do skate, incluído no programa olímpico pela primeira vez na edição de 2021. Na madrugada deste domingo, o paulista Kelvin Hoefler conquistou a prata no street masculino ao somar 36,15 na grande final, ficando atrás apenas do japonês Yuto Horigomi, que somou 37,18. O americano Jagger Eaton completou o pódio com uma nota geral de 35,35.

Foi uma final digna de Olimpíadas, e uma performance estelar do brasileiro. Kelvin liderou a bateria durante a primeira metade, viu o japonês Yuto Horigomi passar à frente nas manobras individuais e fechou de forma perfeita, com sua melhor nota, para garantir a prata. Outro brasileiro, Felipe Gustavo, já tinha feito história ao ser o primeiro skatista a competir nos Jogos Olímpicos.

“Isso aqui representa o skate brasileiro, a nossa garra e a nossa persistência. Isso aqui não é só meu, não, é o skate do Brasil que merece isso aqui, merece até mais. Isso aqui é o começo de uma geração do Brasil que está por vir, e amanhã tem muito mais”

Brasil 100% no surfe

Se o skate estreou no programa olímpico cumprindo as expectativas de medalha desde o primeiro dia, o surfe não ficou para trás no bom desempenho. Todos os quatro representantes brasileiros avançaram com tranquilidade às oitavas de final, e apenas Silvana Lima não venceu sua bateria.

Nas ondas de Tsurigasaki, em Ichinomiya, Italo Ferreira foi o primeiro a entrar na água e somou 12.90 em bateria que teve o surfista local, Hiroto Ohhara na segunda colocação, com 11.40. Já Gabriel Medina fez 12.23 para se classificar juntamente com o taitiano que representa a França Michel Bourez, com 10.10.

Entre as mulheres, Tatiana Weston-Webb venceu a bateria com 6.33 e 5.00, num total de 11.33. A segunda colocação ficou com a francesa Johanne Defay, que fez 10.60 com ondas de 5.67 e 4.93. Silvana Lima teve pela frente a heptacampeã mundial Stephanie Gilmore e passou em segundo com 12.13 contra 14.50 da australiana.

Simone Biles em ação

A madrugada olímpica no Brasil reservou ainda a estreia dela: Simone Biles. A GOAT, maior ginasta de todos os tempos, até vacilou em alguns exercícios, mas segue viva na briga por seis medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Apesar causar surpresa ao pisar fora do tablado em uma acrobacia no exercício de solo, a americana segue vive na disputa por vagas todas as finais individuais na ginástica artística.

Ainda há dois grupos de ginastas para completar a classificatória neste domingo, incluindo o das brasileiras Flávia Saraiva e Rebeca Andrade – elas competem às 8h20 (de Brasília). Mesmo assim, Simone Biles já pode celebrar algumas vagas em finais. Por equipes, os Estados Unidos estão garantidos na decisão, na segunda posição, atrás do Comitê Olímpico Russo. A estrela dos Jogos lidera no individual geral e no salto. É a segunda no solo, tem boas chances na trave e pode beliscar também uma vaga na decisão das barras assimétricas, o que não era esperado.

Scheidt estreia em sétima Olimpíada

Em sua primeira regata em sua SÉTIMA Olimpíada, Robert Scheidt, de 48 anos, terminou em 11º lugar na categoria Laser. O bicampeão olímpico chegou a ficar em sexto, mas acabou perdendo colocações no fim. Quem terminou em primeiro foi o francês Jean-Baptiste Bernaz, de 34 anos. Ele fechou a regata em 49m45s.

– Está na briga, 11º em 35 barcos. Foi um bom início – disse o comentarista Ricardo Baggio durante a transmissão do SporTV.

Vitória na praia, empate na quadra

Sempre esperança de medalhas para o Brasil, o vôlei de praia teve estreia com vitória nas areias do Japão. Bruno Schmidt e Evandro venceram os chilenos Marco e Esteban Grimalt, que são primos, por 2 a 1, na estreia parciais de 21/16, 16/21 e 15/12. O jogo foi válido pela primeira rodada, e os times estão no grupo E, ao lado ainda dos times da Polônia e Marrocos. Os brasileiros voltam a jogar na madrugada de segunda para terça-feira, às 3hs no horário de Brasília, contra os marroquinos El Graoui e Abicha.

“Eu agradeço por ter estreado com um jogo de três sets. A gente passou por tudo nesse jogo”

– No primeiro set entramos com tudo. Eu saltei em todas as bolas, era pulo daqui, pulo dali. Depois, no segundo a gente começou a errar mais, e eu tirei um pouco pé. Dei uma segurada, e depois no terceiro set chegou no 10 a 10 eu tive a certeza que a gente ia vencer. A gente estava jogando como Bruno e Evandro costumam jogar – disse Bruno, medalha de ouro com Alison no Rio-2016.

Já na quadra, o Brasil estreou com empate em jogão no handebol feminino. As meninas do técnico Jorge Dueñas tiveram pela frente nada menos que o Comitê Olímpico Russo (ROC), time campeão no Rio-2016, e empatou por 24 a 24. Depois de passar a maior parte da partida em desvantagem, a equipe chegou a estar na frente do placar nos últimos minutos e até teve chance de fazer o gol da vitória no último lance da partida.

“A gente sabe que está num grupo da morte, mas também sabe que do nosso lado tem qualidade”

– Vou falar uma palavra que é acreditar, porque, mesmo quando a gente estava atrás no placar, a gente não abaixou os braços. Foi muita raça, união. A gente acreditou até o fim – comentou Bruna depois do empate.

O Brasil disputa a segunda rodada do handebol feminino na próxima segunda-feira, às 23h (de Brasília). A adversária será a Hungria, uma das seleções que conquistaram a vaga em Tóquio pelo Pré-Olímpico mundial.

Com informações de Globo Esporte

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