A deputada federal eleita Rose Modesto (PSDB) afirmou que segue a bancada nacional do partido e apoiará Rodrigo Maia (DEM-RJ) para presidente da Câmara dos Deputados. Segundo a parlamentar, que prestigiou a posse do prefeito Pedro Caravina (PSDB) na presidência da Assomasul, o perfil “equilibrado e “espírito harmônico” do candidato são o principal motivo para a decisão.
“Uma das razões que me faz dar apoio à reeleição do Rodrigo é o perfil dele, um cara equilibrado. Rodrigo tem uma fala que ele não é nem base nem oposição ao governo do Bolsonaro, ele é Brasil. As pautas que interessarem a nação, ele como presidente vai estar à disposição para tentar agregar o maior número de deputados. Então acho que essa independência dele, ao mesmo tempo essa harmonia, esse espírito harmônico de tocar a Casa vai contribuir muito com a nossa nação, esse perfil é importante para este momento”.
Além do PSDB, Maia conta ainda com o apoio de 11 siglas para permanecer no cargo. O bloco já reúne 262 deputados. O grupo é tão distinto entre si que possui o PSL, do presidente Jair Bolsonaro e o PT do ex-presidente Lula e o PCdoB de Manuela D’Ávila.
“Acho que esse perfil dele, de ser mais independente, não pertencer ao governo X ou Y é que fez ele ter a capacidade de agregar todo mundo. Hoje quem conhece o Rodrigo, principalmente os deputados que foram reeleitos de partidos de oposição, perceberam essa independência dele tocar a Casa e a gente quer o fortalecimento do legislativo, acho que é muito importante, inclusive para a democracia”, afirmou. Esta semana, inclusive, Maia esteve em Campo Grande para conversar com os deputados eleitos pelo Estado para pedir apoio.
O DEM, porém, está na base do governo federal com três ministros, mas para Rose, isso não influenciará nas decisões de Maia à frente da Casa. “A indicação dos ministros, que foi uma coisa que nós ouvimos dele, não foi partidária, foi uma indicação pessoal do presidente da República. Pertence ao Democratas e o partido tem muito orgulho, como nós também temos dos dois ministros que estão lá, mas não foi uma composição de partido, foi uma decisão do presidente”.
A votação para Mesa Diretora da Câmara dos Deputados é secreta. Para eleição em primeiro turno, é necessária maioria absoluta entre os presentes na sessão, o correspondente a 257 deputados. Se ninguém atingir este número, há segundo turno com os dois mais votados. A eleição dos demais integrantes da mesa só ocorre quando o presidente é eleito.
Sobre sem mandato na Câmara Federal, Rose afirmou que vai lutar para que os Estados consigam um percentual maior na arrecadação, que hoje fica com o governo federal. “Isso acabou demandando muito dos governos estaduais, que tiveram que estender os prazos para os municípios, ou seja, é um efeito dominó, então nós queremos essa divisão mais justa, ter um mandato mais municipalista. Tive a oportunidade como vice-governadora de andar muitos municípios, então acho que essa minha experiência como vice hoje vai me fazer levar demandas e pautas importantes para ajudar a fortalecer cada município do Mato Grosso do Sul”.
Fonte: Midia Max