Novo imunizante bivalente disponibilizado a grupos prioritários em resposta às sublinhagens emergentes da Covid-19
O Ministério da Saúde do Brasil tomou a decisão estratégica de antecipar a aplicação da vacina bivalente contra a Covid-19 para pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos. A medida foi adotada após a identificação de duas novas sublinhagens do coronavírus no país, conhecidas como JN.1 e JG.3, e é destinada a aqueles que receberam a última dose do imunizante há mais de seis meses.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou a importância da vacinação diante do cenário epidemiológico atual: “Com a identificação de duas novas sublinhagens no país, a JN.1 e JG.3, decidimos antecipar para grupos prioritários uma nova dose da vacina bivalente. A vacinação é essencial para nossa proteção”, declarou em um tweet.
Além disso, o ministério ressaltou a disponibilidade do antiviral nirmatrelvir/ritonavir na rede pública, destinado ao tratamento da infecção por Covid-19 em idosos com 65 anos ou mais e imunossuprimidos com 18 anos ou mais, a ser administrado logo após o aparecimento dos sintomas e confirmação de teste positivo.
As subvariantes JN.1 e JG.3 estão sob monitoramento constante. A JN.1, inicialmente detectada no Ceará, vem crescendo em proporção global, representando 3,2% dos casos mundiais. A JG.3, também identificada no Ceará, está sendo monitorada em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
O Ministério da Saúde enfatiza que está alinhado às evidências científicas mais recentes e às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o enfrentamento da Covid-19. Isso inclui o planejamento da vacinação para 2024, já em andamento.
“O SUS [Sistema Único de Saúde] sempre terá disponível as vacinas mais atualizadas, seguras e eficazes aprovadas pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, garantiu o ministério, reiterando seu compromisso com a saúde pública.