A Câmara de Maracaju está enfrentando problemas com mudanças na composição dos vereadores e um possível pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Um dos suplentes que assumiu o cargo devido ao afastamento de alguns vereadores trocou de partido, o que é proibido pela lei eleitoral.

Rudimar Oliveira Lautert, que era suplente do MDB, assumiu uma das oito vagas deixadas pelos vereadores afastados durante a operação Dark Money, mas trocou de partido ao se filiar ao PTB. Essa mudança pode levar à cassação do mandato, já que a legislação eleitoral considera a conquista de um mandato proporcional como uma conquista partidária e não individual.

O próximo suplente da lista, Adilson da Farmácia (MDB), pode recorrer para retornar ao cargo, já que chegou a assumir o mandato por alguns dias, mas saiu depois que o vereador João Rocha, um dos afastados conseguiu na Justiça o direito de retornar ao cargo. A Câmara de Maracaju tem 13 vereadores e a maioria é composta por suplentes, com sete cadeiras.

A Câmara está avaliando um pedido de moradores para abertura de uma CPI para investigar os vereadores afastados. Os suplentes terão poder de voto para abertura ou não da CPI e poderão julgar os afastados, que serão cassados se a CPI julgá-los culpados e os vereadores aprovarem o resultado do trabalho, com pelo menos nove dos 13 votos.

A polícia está investigando um esquema de corrupção na Prefeitura entre 2019 e 2020, que teria desviado mais de R$ 23 milhões com o uso de contas clandestinas em nome da Prefeitura.