Ministros do Supremo Tribunal Federal esperavam Tarcísio de Freitas em uma chapa ‘mais sólida’, mas a aposta do clã Bolsonaro recai sobre um membro da família para a Presidência.
Uma notícia agitou os corredores do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana: a escolha do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como o nome preferido do ex-presidente Jair Bolsonaro para a disputa da Presidência da República em 2026. A decisão, que pegou muitos de surpresa, contraria as apostas de diversos ministros da Corte.
A expectativa predominante entre os integrantes do Supremo, conforme apurado pela coluna, era de que Bolsonaro optaria por uma candidatura considerada “mais sólida” no campo da centro-direita. O nome mais cotado para essa estratégia seria o do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A aposta era que uma chapa com Tarcísio poderia, inclusive, abrir caminho para uma eventual busca por indulto presidencial, caso o ex-presidente enfrentasse condenações.
Um influente ministro do STF, que preferiu não se identificar, resumiu o sentimento: “Achava que a tendência do Bolsonaro seria se acoplar a uma candidatura viável”. Essa percepção reflete a surpresa diante da opção por Flávio, que muitos veem como uma aposta mais arriscada para as eleições de 2026.
Outra linha de análise dentro do Supremo sugere que a escolha de Flávio Bolsonaro estaria diretamente ligada ao desejo do clã de manter um membro da família na chapa presidencial. Essa estratégia reforçaria a presença e a influência da família Bolsonaro no cenário político nacional.
Apesar da decisão anunciada, alguns ministros do STF ainda especulam sobre a possibilidade de Jair Bolsonaro recuar. Há quem acredite que o ex-presidente poderia retomar o plano original de lançar Tarcísio de Freitas como candidato à Presidência, com um integrante da família Bolsonaro ocupando a posição de vice. Essa movimentação indicaria uma flexibilidade estratégica em busca de maior viabilidade eleitoral.
A notícia da escolha de Flávio já reverberou no cenário político, com Tarcísio de Freitas sendo informado da decisão e reações diversas de ministros do governo Lula e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, indicando a complexidade e o impacto dessa movimentação para as próximas eleições presidenciais.






