quarta-feira, 24 abr 2024

Vítima do caos na saúde: Jovem vê filho recém nascido morrer logo após parto difícil

Vítima do caos na saúde: Jovem vê filho recém nascido morrer logo após parto difícil

22 novembro – 2019 | 9:09
Fachada do Hospital Maternidade Nossa Senhora da Conceição, localizado na Rua João Ponce de Arruda

Jovem de 20 anos procurou a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência por omissão de socorro que resultou na morte de recém-nascido. O caso aconteceu no último domingo (17), mas foi registrado no dia 20 de novembro na delegacia de Paranhos, distante 469 quilômetros de Campo Grande. O episódio coloca em evidência os graves problemas de infraestrutura dos hospitais do interior.

Quando o médico retornou, a jovem estava sentido muitas dores e perguntou se conseguiria ter o filho por parto normal. Ele, então, segundo depoimento da vítima à polícia, disse: “Se você conseguiu fazer, você consegue”. Porém, o profissional percebeu que a paciente não tinha condições favoráveis para parto normal e como não faz cesária, por ser clínico geral, pediu encaminhamento da mulher para o Hospital de Ponta Porã.

Somente, 6h depois, a mulher acompanhada pelo esposo de 26 anos, foram levados para a cidade. No entanto, durante o trajeto, o motorista da ambulância parou em um posto de combustíveis de Amambai para abastecer. Lá, se encontrava um médico que ao ir a ambulância verificar a situação, informou que a paciente não conseguiria chegar até Ponta Porã, devido à gravidade.

O profissional pediu ao condutor do veículo levar o casal até o Hospital Regional de Amambai. Lá, o médico esperou por aproximadamente 1 hora para receber a autorização do Hospital de Paranhos para fazer a cesária. Ao nascer, segundo relatos da mãe, o bebê deu um suspiro e morreu. A criança pesou 4 quilos. A reportagem tentou falar com a vítima, mas não conseguiu contato.

Indagada, a titular da Secretária de Saúde de Paranhos, Flávia Medeiros Viar, lamentou a morte do bebê e afirmou que todo o protocolo foi seguido. Segundo a secretária, o hospital é de pequeno porte e no dia do ocorrido havia apenas um médico de plantão, que não é cirurgião.”Foi realizada a transferência, mas infelizmente o bebê morreu”, lamentou. Segundo Flávia, a secretaria está a disposição da polícia e quando for intimida para prestar depoimento vai apresentar toda a documentação necessária.

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